Praga linda, low cost e deliciosa

Em Praga parece que as atrações se multiplicam como cogumelos. E os cogumelos se multiplicam nas atrações - há sempre mais um monumento, uma ponte e uma torre para visitar. E a seguir a essa torre há uma lojinha de drogas legais (mas não se entusiasmem muito, experimentámos um chá e ficámos só com sono!). Mas Praga não é só arquitetura, há bares que são autênticos labirintos subterrâneos, outros que servem bebidas que nos são entregues em pequenos comboios. Há um castelo com uma catedral lá dentro; há o Lennon Wall, onde se vê, se sente e se ouve Beatles; há jardins, igrejas e museus uns a seguir aos outros.

Vegetarianos acautelem-se que os pratos tradicionais são todos à base de carne, o meu conselho é que tirem uns dias de folga desse muy nobre estilo de vida para provarem a chichina da checa! Um dia, quando finalmente recebermos um ordenado de pessoas crescidas, eu e os meus amigos investimos em trazer um destes dois restaurantes para o nosso Portugal: o Kolkovna Celcine e o Potrefena Husa. Experimentem qualquer prato do menu, à confiança! Há doces típicos também, uns rolinhos com recheios diferentes que se vendem pelas ruas do centro da cidade. Como nos preocupamos com o excesso de açúcar cujo consumo faz disparar a taxa de obesidade e número de diabéticos em Portugal abstivemo-nos e vez disso comemos uma peça de fruta.

Mas vamos a outros números, é barata a vida em Praga? Um cerveja ou uma cidra das grandes custam 1 euro e tal, ora, eu que venho de Veneza onde não se encontram cidras à venda e a cerveja custa 3 euros, fiquei louca. Os meus amigos também mas é mesmo só porque eles gostam de cerveja, não tem tanto a ver com o preço. Ainda sobre dinheiro, não se preocupem em levar “bueda” coroas checas trocadas à melhor taxa de câmbio disponível no vosso banco local, aqui o pessoal não se quer chatear muito e aceita euros também. De resto, tudo custa mais ou menos o mesmo que em Portugal, vão sentir-se em casa!

Praga agradou-me porque é tudo bonito, pertinho (dá para ir a pé a todo lado) e as pessoas falam inglês. Ponham uns aquecedores na rua, adotem a língua portuguesa e encontrei a cidade perfeita!

ps - é mesmo verdade que não provámos os “Trdelnik”, os tais rolinhos, mas porque somos parvos e cada vez que passávamos por eles já tínhamos a barriga cheia. Ou daquela vez em que entrámos numa pastelaria, pedimos bolos típicos e responderam-nos que estávamos numa pastelaria francesa. E pronto, lá tivemos de “manjar” um croissant e um paint au chocolat.