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Porque é que Veneza é a melhor e a pior cidade do mundo para se viver

  • Writer: Ana Henriques
    Ana Henriques
  • Dec 20, 2017
  • 2 min read

Quem vive em Veneza, vive num permanente estado de abananamento. São as vistas que te fazerem querer fotografar tudo quanto a tua vista alcança e são os milhares de turistas que te sufocam nos transportes públicos e nas ruas estreitas e nas pontes e… enfim, em todo o lado! São os cãezinhos fofinhos:

Toda a gente tem cães pequenos em Veneza incluindo os turistas chineses que de algum modo os trazem no avião.

Ou adquirem-nos cá, é um mistério, que te fazem suspirar a cada instante (não gostas de cães, baza) e são os venezianos que te odeiam porque não falas um italiano perfeito com um sotaque local e te insultam porque disseste “café com latte” e não “cafelatte” e, como é óbvio eles não perceberam. É a comida: massas, pizzas… até o raio do pão de forma com atum, azeitonas e maionese (a que eles chamam tramezzino) aqui é delicioso!

E é o horror na cara dos italianos quando lhes dizes que em Portugal se come pizza com ananás, carbonara com cogumelos e tantas outras heresias, “Mas é bom! E mostras o tapparware com a tua “carbonara à portuguesa” ou talvez “carbonara com-aquilo-que-havia-no frigorífico” feita na véspera. Queres provar?”. Eles afastam-se de ti como se tivesses bicho e simulam um micro vómito. Liberdade criativa em Veneza? Certamente não na cozinha.

Falando em criatividades: exposições de arte, museus, escultura do VIDRO (!!!), cinema, igrejas a dar com um pau. Tardes infinitas de cultura é aqui. Sair à noite? Não. Aqui bebes um prosecco ou uma spritz às 7 da tarde, jantas uma hora depois e a seguir é xixi cama.

Trânsito? sim! De pessoas, de barcos mas não de carros. Tens carro, deixas “à porta” e pagas um balúrdio ou vives nos subúrbios como eu. Não que eu tenha carro mas também não tenho dinheiro e ter um bocadinho de terra em Veneza é como ter um pedacinho de céu: nem todos lá chegam.

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